terça-feira, 3 de maio de 2011

Impostos são ruins

A parte ruim de ter blogs dedicados para cada coisa é que eu não posso expandir em algumas áreas que são meu HOBBY.

Por exemplo, no post do Manipulação que eu estou colando aí embaixo, eu não senti nem que dava para eu expandir essa coisa de que o protecionismo é ruim.

Gostaria de ter falado de vantagens comparativas, de Bastiat, balança comercial...

Talvez fazer uma piada que o Richard me contou outro dia, dizendo que as três paixões nacionais são samba, futebol e balança comercial.

Fica pra próxima.

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Como eu posso provar por este tweet, e também por este, até alguns dias atrás eu não fazia a menor ideia de quem era Felipe Neto. Vi o vídeo dele sobre diminuir impostos das coisas, e graças ao Chico Barney, descobri que a ideia radical dele de diminuir impostos está atraindo oposição ferrenha da internet brasileira.

"Impostos altos 4eva", "Eu <3 Impostos", "É 50% do PIB ou mais!" são os gritos que a gente ouve nos quatro cantos do país. Essa foi uma semana de descobertas, porque descobri também a a existência de um SITE NA INTERNET chamado "Papo de Homem". De acordo com ele, esse negócio de baixar impostos das coisas não tá com nada, o maneiro é instalar fábricas dentro do país, porque comprar coisas de outros países não gera dinheiro pro Brasil.

Se a gente produzir nosso Xbox nacional (Zeebo?), a gente vai gerar divisas para o país, e não vai financiar esses ianques malditos. Nas palavras do Papo de Homem: "Sem individualismos, sempre pensando na sociedade como um todo."

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Acho que a galera anti-anti-impostos podia mudar seu slogan para "GOVERNO, ME POSSUA, YOU BIG LUMMOX".

Porque protecionismo não é bacana. Sério. Sei que os brasileiros não tiveram muito tempo para absorver esse argumento, o argumento pró-livre comércio só está rolando desde Adam Smith e David Ricardo, tem só uns 200 anos.

Mas esse negócio de instalar fábricas no país porque comprar fora só dá dinheiro pros estrangeiros sujos é o mesmo que eu dar a doida aqui e falar "Ah, vou produzir meu pão aqui em casa, comprar na padaria só dá dinheiro pra esse português nojento".

É uma noção meio bizarra, mas a gente não fica mais rico quando tem menos coisa.