sábado, 13 de outubro de 2012

Entrevista para o podcast do Mises Brasil

Alguns meses atrás, dei uma entrevista para o Bruno Garschagen, no podcast do Instituto Mises Brasil sobre o Libertyzine, o Opinião Popular e sobre o que eu acho da viabilidade de reformas liberais e, em particular, do anarco-capitalismo.

Não acho que eu tenha me saído tão bem nas respostas, mas é apenas o começo da minha explosão midiática, vou ter muito tempo para aprimorar minha retórica.

Você pode baixar o MP3 da entrevista clicando aqui (botão direito do mouse -> Salvar link como), ou ouvir direto por aqui:



Talvez eu pudesse ter explicado um pouco melhor o que eu considero ser uma posição "left-libertarian", ou liberal de esquerda. Claro que eu não falo por ninguém mais que adote esse rótulo, mas só por mim. E os meus motivos para adotar esse rótulo são tanto estratégicos quanto políticos. Como eu acredito que uma sociedade liberal não pode sobreviver sem uma estrutura social e cultural de tolerância (e, inversamente, também não acredito que haja uma verdadeira tolerância e "inclusão social" e econômica sem uma sociedade liberal), acho que os liberais devem, sem deixar de ser liberais - sem adotar soluções não-liberais - ter maior sensibilidade aos problemas dos "excluídos" - pobres, homossexuais, negros e outras minorias. Esse tema requer uma elaboração um pouco maior - que eu vou deixar para outro momento -, mas em suma é isso.

Quanto à viabilidade de uma sociedade sem estado, o que eu pretendia dizer no podcast é que, no fim das contas, isso não importa tanto quanto parece. O que importa, no fim das contas, é que o norte político não seja perdido. Se é que um dia vamos chegar numa sociedade ideal não importa muito. O que importa é ir empurrando o máximo possível.